TERMINAL TAPES by randomaccessmemory

PT

Mark Fisher, no livro Ghosts of my Life, diz que a modernidade atual é uma reencenação constante de futuros que já existiram. Terminal Tapes é um álbum que se apropria desse conceito sobre a memória, usando o sempre presente armazenamento dos dados de hoje para contar uma história hipotética de ontem.

A inspiração para este trabalho vem da noção de deep time e que se situa antes ou depois da Terra ser a casa da humanidade. Este acesso terminal ou finitude (tu escolhes) aqui apresentado, num fóssil modernizado, é um portal sonoro e visual para uma memória perdida contida nos estratos geológicos e dos seres neles contidos. Como um registro arqueológico transformado em compêndio sonoro, a música encontra, busca e constrói significados entre peças que aparentemente não se encaixam. Uma nova pedra de Roseta, ainda não decifrada, escrita em abstrações melódicas, sinais fantasmagóricos, trechos de um diálogo e ritmos fora do tempo.

randomaccessmemory é o alias que lida com a nostalgia profunda e as memórias que assombram o nosso mundo. O som produzido, usando sintetizadores digitais e analógicos, gravação de campo e emissões de ondas curtas, joga com o familiar e o desconhecido. Colagens que imaginam histórias dentro de histórias e emoções dentro de emoções. Como um fantasma numa sound shell.


EN

Mark Fisher, in the book ghosts of my life, says that current modernity is a constant reenactment of futures that once were. Terminal Tapes is an album that plays with this concept of memory by using the ubiquity of data storage of today to tell a hypothetical story of yesterday.

The inspiration for this work comes from the notion of deep time, before or after the planet Earth houses humankind. This terminal access or finitude (you choose) presented here, in a modernized fossil, is a sonic and visual gateway for a lost memory contained in the geological strata and the trapped beings. Like an archaeological record turned into a sound compendium, the music finds, searches for, and builds meanings between pieces that apparently don’t fit together. A new Rosetta stone, waiting to be deciphered, written in melodic abstractions, ghostly signs, portions of a dialogue, and out-of-time rhythms.

Randomaccessmemory is an alias for dealing with deep nostalgia and found memories haunting our world. The sound, produced using digital and analog synthesizers, field recording and short-wave emissions, plays between the familiar and the unfamiliar. Collages that envision stories within stories, and emotions within emotions. Like a ghost in a sound shell.

RAM 2023

memory interference somewhere in the world.