Tudo Negro by Luiz Viola

O encontro com a ancestralidade é um assunto extremamente complexo. Ainda mais quando existe a necessidade de se entender num espaço-tempo como um ser vivente, de corpo negro, experienciando diversas situações do cotidiano.

A conexão consigo é, para mim, o ponto chave que desperta essa obra. “Tudo Negro” fala sobre esse corpo em meio a contemporaneidade, seus encontros e andanças. É um recorte atual de vivências que propõe um diálogo com a música, permeando entre gêneros e explorações sonoras.

A princípio é uma reflexão sobre o meu próprio existir, mas que parte de encontro a outros olhares e perspectivas sobre o que é a negritude para um corpo negro. Nesse trabalho, a escaleta entra como protagonista dessas composições como representação de uma voz interior que saúda aquilo que veio antes enquanto segue vivendo o agora.

“Tudo Negro” é composto por 6 faixas, sendo 5 delas instrumentais e apenas uma com a presença de voz. Se trata de um olhar interno que busca a provocação de reflexões sobre o quanto nos enxergamos enquanto seres.

Peço a sua pausa para esse momento de escuta.

Ficha Técnica:
Luiz Viola: Escaletas, percussão corporal e vocal, sintetizadores
Timm Arif: Voz e poesia em “Wimbi”
François Muleka: Baixo e bateria em “A do Reg”
Felinto: efeitos em “A do Reg”

Daniel Marto: Gravação, mixagem e masterização
Romulo Alexis: Interlocução Criativa
Alanna Cris: Arte da capa e ensaios fotográficos

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The encounter with ancestry is an extremely complex subject. Even more so when there is a need to understand oneself in a space-time as a living being, with a black body, experiencing different everyday situations.

The connection with yourself is, for me, the key point that awakens this work. “Tudo Negro” talks about this body in the midst of contemporaneity, its encounters and wanderings. It is a current cut of experiences that proposes a dialogue with music, permeating between genres and sound explorations.

At first, it is a reflection on my own existence, but it starts with other views and perspectives on what blackness is for a black body. In this work, the melodica is the protagonist of these compositions as a representation of an inner voice that salutes what came before while continuing to live in the now.

“Tudo Negro” consists of 6 tracks, 5 of which are instrumental and only one with the presence of voice. It is an internal look that seeks to provoke reflections on how much we see ourselves as beings.

I ask for your pause for this moment of listening.


Personnel:

Luiz Viola: Melodica, body and vocal percussion, synthesizers
Timm Arif: Voice and Poetry in “Wimbi”
François Muleka: Bass and drums on “A do Reg”
Felinto: effects on “A do Reg”

Daniel Marto: Recording, mixing and mastering
Romulo Alexis: Creative Interlocution
Alanna Cris: Cover art and photo essays

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